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sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma vitória indiscutível

Foi um Benfica imparável no ataque, mas intranquilo na defesa, que recebeu o Nacional no Estádio da Luz.
Curiosamente, o Nacional começou melhor, com mais posse de bola, e criou mesmo uma oportunidade de golo, que Roberto defendeu bem, num remate forte de Diogo Barcellos. Neste tipo de jogadas, em que o avançado está isolado frente ao guarda-redes, Roberto é muito forte. Nesse âmbito dá tranquilidade à defesa. Pena nas bolas aéreas, não ser a mesma coisa...

A história do jogo muda completamente logo a seguir. No primeiro remate que o Benfica efectuou, aos 8 minutos, acontece o golo. Numa jogada de insistência de Fábio Coentrão, Salvio é derrubado na grande área por Tomasevic. Como é óbvio em jogos do Benfica, nada foi assinalado; no seguimento, Saviola remata para defesa de Bracalli e Gaitán, num bom gesto técnico, faz o primeiro golo. A partir daí o Benfica para uma das melhores exibições do Benfica nesta época, até à saída de Aimar e depois de Cardozo. Um futebol envolvente, com boas combinações, virado para a baliza adversária; foi de facto um Benfica a pressionar muito alto - não admira que os golos aparecessem.
E sinceramente, até foram poucos. O 2-0 surge na sequência de uma bola parada, aos 20 minutos, Sidnei, fulminante, cabeceia para o golo, num lance que surpreende Bracalli, não esperando pelo impacto do remate.
Foi nessa tuada de ataque, embora no final do primeiro tempo, os encarnados tivessem abrandado um pouco, que o Benfica foi para intervalo. Na segunda parte, manteve-se o domínio benfiquista e o 3-0 aparece novamente numa bola parada, depois da bola ser bombeada para o lado oposto, Saviola centra para a àrea, Luisão ainda desvia a bola, e Cardozo atira para o terceiro golo.
Depois, pensamos que se assistiu a um momento muito forte do Benfica, mas sem golos marcados, não conseguiu aproveitar as muitas lacunas defensivas dos nacionalistas. Mas a saída de Aimar, em que entrou um Carlos Martins terrivelmente mau no capítulo do passe, e também a saída e Cardozo, que ajudou a que o Nacional subisse no terreno, pôs a nu as debilidades do Benfica em acção defensiva: primeiro, num lance de bola parada, Fábio Coentrão é batido (muito mal nos dois golos) por Luís Alberto que bate um desamparado Roberto; depois num contra-ataque, Anselmo amortece um cruzamento vindo da esquerda e Tomasevic - que estava completamente isolado, muito mal os centrais do Benfica que ficaram completamente parados - reduziu para 3-2. O Benfica intranquilizou bastante, apesar disso, Saviola volta a cruzar para a area e Jara, que tem vindo a mostrar muito valor nestes últimos jogos - tranquiliza aquilo que não devia ter sido intranquilizado e faz o 4-2.
Em suma, uma vitória completamente justa, porém, são preocupantes os desequilíbrios ataque-defesa do Benfica, em que a equipa fica completamente perdida em dois blocos; contra adversários de maior valia, muito dificilmente o Benfica não sofrerá para vencer. Registamos também grande evolução nos jogadores atacantes, nomeadamente, Gaítan - falta apenas mais agressividade no bom sentido e ajuda a defender -, Salvio - um autêntico tanque que leva tudo à frente; Saviola, que mesmo não marcando é fundamental no envolvimento atacante da equipa; Jara que finalmente está a mostrar que tem qualidade mais que suficiente para fazer parte do plantel do Benfica.
Infelizmente, o campeonato português é aquilo que sabemos e este campeonato está arrumado, só assim se explica que uma equipa que ganha 7 jogos seguidos, esteja a 8 pontos de outra. É a vida...

1 comentários:

Revoltante o penalti por assinalar e a falta de concentração depois do 3-0.
De resto, começamos a ver novamente o Benfica da época anterior.

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