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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ninguém põe mão nisto?


SOLUÇÃO PARA OS CASOS DE MÃO NA BOLA
19:31
quarta-feira, 22 setembro de 2010
Autor:  Phant



Quinta jornada da Liga Portuguesa. O Porto desloca-se à Madeira para defrontar o Nacional. Com o jogo em 1-0 para os visitantes, Rolando toca a bola com a mão dentro da área após um cruzamento da esquerda. Penalti?

Quarta jornada da Liga Espanhola. Cristiano Ronaldo bate um livre nas imediações da área e a bola embate nas mãos de um jogador contrário que as colocou em frente da cara enquanto formava a barreira, já dentro da grande área. Penalti?


Muitos outros exemplos haveria. Estes são apenas os mais recentes. Será mão, não será? A discussão alonga-se. Cada um defende a sua dama e ninguém se entende. Não haverá forma de resolver isto? Há, mas implica o uso de uma palavra proibida para o International Board, grupo de senhores que determina as leis do beautiful game: mudança. 





O futebol é um jogo que move paixões e que atingiu uma dimensão completamente universal entre nós mas é tantas vezes falso e injusto. Intrinsecamente injusto. Nas suas próprias regras. A lei que pune o tocar a bola com as mãos é apenas uma parte dessas injustiças facilmente identificáveis no jogo e é sobre ela que quero falar. A regulamentação actual é apenas um conjunto de palavras que não definem coisa nenhuma. Não devia uma lei do jogo ser o menos confusa possível? Na minha opinião sim, e é por isso que acho que devia ser alterada de modo a ser tornada mais clara. Como? Vejamos:


Dentro da grande área:

- Qualquer lance em que a bola entre em contacto com os membros superiores de um jogador de campo (mão, braço ou antebraço) deve ser sempre sancionado com falta, sendo a infracção punível com pontapé livre directo no limite da área na perpendicular (zona frontal) do local onde foi cometida a falta. Exemplos: cruzamentos, bolas inesperadas, protecção de zonas sensíveis do corpo (partes baixas e cara).

- Caso a bola que embate na mão impeça um lance de golo iminente deve ser assinalada grande penalidade (livre directo sem barreira da marca dos 11 metros). Exemplos: passe a isolar/desmarcar jogador, bola a entrar na baliza, remate em posição favorável.


Outra zona do campo:

 - Qualquer lance em que a bola entre em contacto com os membros superiores de um jogador de campo (mão, braço ou antebraço) deve ser sempre sancionado com falta, sendo a infracção punível com pontapé livre directo no lugar onde a falta foi cometida.



Numa situação destas, penso que o mais difícil seria diferenciar o que é, ou não, um lance de golo iminente. Haverá sempre alguma subjectividade presente mas penso que uma alteração deste tipo facilitaria a análise dos árbitros. Mais do que isso: tornaria o jogo mais justo. Recordem-se dos dois lances com que se inicia o artigo. Com uma lei deste tipo nenhum deles daria origem a grande penalidade. E na minha opinião, de forma justa. A equipa que cometeu a infracção seria punida com um livre directo em zona perigosa que, constituindo uma oportunidade de fazer golo, não é algo tão penalizante como uma grande penalidade. Deste modo, torna-se o jogo mais equitativo e menos ambíguo, sem nunca deixar de lado a ideia de promover o espectáculo.


A sugestão pode parecer algo radical e estou certo que lhe podem ser identificados vários defeitos. É apenas uma ideia que me vai passando pela cabeça e que me parece ser na direcção certa. Tenho para mim que algo deste tipo nunca será sequer equacionado pela aristocracia do futebol mas, como adepto do jogo, não me custa lançar as bases para que se discuta o assunto. Apenas sei que algo deve ser feito para melhorar o beautiful game. E tudo parte das regras com que ele se joga…

7 comentários:

Por momentos achei que ias dizer que só deviam de jogar os manetas. LOL O problema não é das regras nem de mudança, é sim de incompetência dos árbitros.

O caso do penalty do Ronaldo é estranho, mas é uma molhada e há ou pode haver a intenção de se proteger, mas o caso do Rolando, que defende a bola sem haver outros à molhada foi claramente vista grossa, que se vem acumular desde o princípio desta época.

Carlos Alberto: Como não é das regras se cada árbitro, cada adepto tem a sua interpretação da Lei 12 - secção Tocar a bola com as mãos? Como entender o que é deliberado?

Papoila: O que me parece é que ambos os lances têm de ser punidos de alguma maneira. Não é justo que um jogador toque com a mão e a equipa não seja penalizada por isso.

Agora será que mereciam ser penalizados com penalti? É no fundo esta questão de justiça que tento resolver com a regra nova.

O grande problema é que estes lances são sempre tão subjectivos que muitas vezes não é facil fazer um juizo sobre aquilo que realmente aconteceu.
E se nós por cá já desconfiamos da seriedade de quem decide estes lances, quanto mais com lances em que a própria lei pede ao arbitro para ajuizar a intencionalidade de cada jogador.
não é facil...

Meu caro Phant a regra é simples e no meu ver justa: Só é falta se houver intenção de cortar a bola com a mão. Os árbitros é que têm de ser competentes e "entender" isto. Se mudarmos a lei, passando a ser sempre que a bola tocar o braço cometemos injustiças e se for em sentido contrário teremos 11 guarda-redes dentro da área.

Questões de intencionalidade só vão dar azo a polémica.
Como se consegue avaliar isso?

Isso será sempre polémico mas é o mais justo. Dantes usava-se a expressão: "É mão na bola ou bola na mão?" e isso dizia muito sobre o que se achava que devia ou não ser punido. Se o braço está numa posição natural e não é deslocado na direcção da bola não pode ser falta.

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