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segunda-feira, 8 de março de 2010

Análise Individual ao jogo da 22ªJ Benfica - Paços de Ferreira

A análise aos jogadores do Benfica que alinharam no encontro referente à 22ª jornada do campeonato, na recepção caseira ao Paços de Ferreira.

Quim (6) - Noite com mais trabalho do que vinha sendo habitual. Teve alguns cruzamentos e remates para travar, o que vinha sendo uma raridade nos jogos caseiros. Sofreu um golo em que, sem dúvida, as maiores culpas não são dele, mas onde voltou a evidenciar as falhas que o tornam num guarda-redes pouco seguro para a equipa.

Fábio Coentrão (7) - Bom jogo do português, apesar de estar ligado ao golo sofrido por não ter conseguido travar William, do Paços de Ferreira. No final da segunda parte divergiu para a posição de ala esquerdo, onde continuou a boa exibição que vinha fazendo, sempre cheio de garra e velocidade. Está a tornar-se num defesa-esquerdo bastante completo, embora eu continue a preferir a sua fantasia e objectividade em posições mais adiantadas no terreno.

David Luiz (6) - Jogo algo irregular de David Luiz, alternando momentos de grande exuberância que levaram ao êxtase o público da Luz, com infantilidades como a que originou o golo do Paços de Ferreira. Juntamente com Luisão, formou uma dupla anormalmente insegura neste campeonato, cedendo a sua posição por várias vezes.

Luisão (7) - Um pouco melhor que o seu colega do centro da defesa, mas ainda assim num nível mais baixo do que o que tem exibido esta época. Algumas faltas desnecessárias e entradas à queima dispensáveis, num jogo em que claramente acusou algum desgaste. Ainda esteve perto de marcar na sequência de um canto.

Maxi Pereira (8) - Mais uma grande exibição do Super Maxi, arrancando aplausos na plateia com o seu ritmo infernal durante todo o jogo. Nunca se cansa, voltou a aliar consistência defensiva a um apoio ao ataque bastante criterioso, e acabou por beneficiar também da grande exibição rubricada por Ruben Amorim para sobressair no seu flanco.

Airton (9) - Que grande exibição fez o reforço de Inverno, uma vez mais! Este não engana, e a sua exibição resumidamente pode-se descrever com a ovação de pé que recebeu do público quando foi substituído, sendo posteriormente cantado o seu nome no topo Sul. Com apenas dois jogos realizados de águia ao peito, já deu para ver que tacticamente é um jogador muito culto, muito pouco faltoso (ainda não fez qualquer falta), e no jogo de ontem mostrou grandes pormenores técnicos: o uso do físico para se impor, capacidade de drible curto e boa qualidade de passe. Vai ser um caso sério... nem se notou a ausência de Javi Garcia, claramente um dos mais fundamentais jogadores do Benfica.

Di Maria (8) - Não foi um jogo com tanto acerto como os últimos que vem fazendo, mas ainda assim tem números impressionantes.. assistências a rodos, dribles de deixar os defesas adversários à beira do suicídio e uma velocidade impressionante. Acabou o jogo de rastos, e mudou bem a sua forma de jogar nesse período, procurando receber a bola e trocá-la com os colegas, em vez de tentar iniciativas individuais. Esteve perto do golo, depois de uma excelente jogada sua no início da segunda parte, em que atira a bola à barra.

Carlos Martins (6) - Jogo menos positivo de Carlos Martins neste ano de 2010, apesar da grande consistência posicional que exibiu. Imprimiu a garra e querer habituais, mas não esteve tão inspirado no capítulo do passe sobretudo.

Ruben Amorim (9) (melhor em campo) - O melhor em campo no dia de ontem, com uma exibição monstruosa em todos os capítulos. Defensivamente esteve fantástico, tacticamente foi a perfeição costumeira, e imprimiu velocidade e fantasia sobretudo na primeira parte ao seu flanco, combinando muito bem com Maxi Pereira. Marcou o 1º golo da partida, acreditando até ao fim na oportunidade que se abriu, e na 2ª parte passou a jogar mais ao centro com a entrada de Felipe Menezes. Com um fulgor físico muito assinalável, rubricou das melhores exibições que já fez de águia ao peito. Ser a extensão dos adeptos dentro de campo ajuda-o claramente a ganhar vários lances que muitos dariam como perdidos.

Saviola (9) - Outra grande exibição de Saviola, novamente a voltar à sua melhor forma. No seu estilo desconcertante, lá foi aparecendo um pouco em todo o lado na frente atacante, provocando grandes brechas na defesa contrária. Marcou um golo de fino recorte, e desperdiçou mais algumas oportunidades, mas a imagem que fica é, sem dúvida, a da grande exibição que realizou.

Cardozo (8) - Reencontrou-se com os golos, e desperdiçou mais algumas boas chances de ampliar o marcador. Rubricou em termos gerais uma exibição bastante boa, voltando a mostrar os atributos que fazem dele um avançado mais completo por esta altura: bom a segurar a bola e a procurar linhas de passe, e sempre com capacidade para criar oportunidades para os colegas. Está confiante!

Felipe Menezes (3) - Francamente não percebo o que faz este jogador no plantel... tecnicamente banal, com um ritmo de jogo que faz impressão a muitos veteranos em fim de carreira. Nada lhe saiu bem, exceptuando um passe longo bem executado, e fica a pergunta do porquê terem-se gasto 2M€ num jovem brasileiro de potencial algo duvidoso, se existem nos quadros do Benfica outros jogadores do Benfica com bastante mais qualidade para o seu lugar. Dou dois: Miguel Rosa e Freddy Adu.

Sidnei (5) - Entrou para trinco, e não se lhe viu praticamente nada, pois o tempo foi escasso. Jorge Jesus aproveitou certamente para lhe dar ritmo, até porque Luisão está agora à beira da suspensão por acumulação de amarelos.

César Peixoto (6) - Sem grande tempo para se mostrar, cumpriu a 100% a sua missão e ainda ajudou em dois lances ofensivos pelo flanco esquerdo. Sem dúvida um jogador muito útil, polivalente, tecnicamente evoluído e experiente. É importante ter jogadores destes no plantel.

1 comentários:

É por termos jogadores como Rúben Amorim, Carlos Martins, César Peixoto, Sidnei, Nuno Gomes e agora Airton, elementos do plantel que a qualquer altura podem saltar para a titularidade e fazer descansar as pedras principais do nosso onze, que este ano seremos capazes de marcar a diferença.
Com estes mesmos elementos, teríamos sido campeões com Miccoli, Rui Costa, Simão, Katsouranis etc...porém, no banco tínhamos Beto, Paulo Jorge, Manu, entre tantos outros craques!
Elucidativo!

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